November 30, 2024

yoga aterro

 


ontem foi um daqueles dias maneiros. corridinha de manhã com direito a água de coco docinha e geladézima. descobri curso de yoga no aterro do flamengo*. fui à feira tentar encontrar uma caixa de legumes pro jardinzinho de casa. o moço que me vendia estava lá e foi onde achei frutas tropicais fresquinhas. ganhei a caixa. o jardim ficou mais rústico. e o antúrio pode pegar a luz do sol direto pra voltar a ficar vermelhinho.

à tarde fui ao leblon. tive que ir em uma lojinha antiga pra tentar ver se ainda tinham uma peça do conjunto do monte sião de minas que a-m-o. encontrada. fui caminhar pelo bairro com um pouco de medo por conta da violência da cidade. não sei se por estar me sentindo vulnerável nada me chamou muito a atenção. ou a gente vê um luxo artificial beirando a falta de gosto ou vemos uma pobreza latente por onde passamos. as diferenças no rio, no brasil, se acirraram mais como antes nunca visto.

voltei pra casa.  

* foto "yoga aterro"

November 27, 2024

misturas

 

não tem nada melhor no mundo do que pedir um café expresso brasileiro em português-carioca, acompanhado de um brownie criado pelos americanos, em uma lojinha de pães inspirada na cultura francesa. continuo acreditando em misturas. sempre!

☕🇧🇷
🟤🇺🇸
🥖🇫🇷

November 26, 2024

tomilho 🌱

 


tomilho 🌱

mãe comprou pra fazer suas receitinhas. tem no jardim de casa. aos montes. selvagens.  o cheiro é intenso e bem peculiar. faz bem demais, é bom demais. costumo deixar secar mas aqui por conta da umidade ele acaba estragando. todo ano fotografo pela saudade que dá ao vê-lo.

........................................................................

nesses 10 anos aprendi na marra a gostar mais do simple-bem-feito. cada vez que venho ao rio percebo tudo mais desafiador. a vida ficou mais difícil. as disparidades maiores. as diferenças saltam o coração. assusta. fico projetando um futuro próximo e não consigo imaginar. como estaremos daqui a mais 10 anos? lembro da frase clássica* "nada será como antes e nem como depois". somos sobreviventes.

-- vou cheirar o tomilho pra fazer bem!

* música do clube da esquina

November 25, 2024

mureta da urca

 


⛵ uma candanga-carioca na urca, na mureta, em frente ao bar urca. olhando fixamente para a baía, a da guanabara. tarde linda! ideia da milly. foto da milly. papo bom. revendo a vida. nossas experiências. os tempos do caroline cafe. caipirinha de limão e bolinho de bacalhau. tudo enfim. coisas simples que a gente nem acredita que acontecem com a gente. nunca tinha ido. fui uma vez tirar foto e outra para mostrar o bairro pro philippe. sabia que no dia que fosse seria special. valeu jesus cristo lá no corcovado!

November 24, 2024

simples-e-bonito

 

1 mês pro natal

-- que seja simples-e-bonito

⭐🌟✨💫🌠🌌🌃💖

November 23, 2024

ainda estou aqui tentando entender tudo

 


🎥
ver filme brasileiro. no brasil. do walter salles. com a fernanda torres e o selton mello e um elenco estelar. ainda estou aqui tentando entender tudo. o filme começa nos anos 70. tinha 5 anos. morava em ipanema. os pais se separaram. fui rememorando pequenos flashes de vida. pai era funcionário público, não podia se manifestar politicamente. mãe era "prendas do lar". acho que esta qualificação desmerece as mulheres (me perdoem quem as usa). eu estava começando a ver o mundo. pai casou de novo. mãe virou uma mulher moderna. e eu comecei a ter opinião política. me apaixonei pelo fernando gabeira e outros escritores contrarios ao sistema. fiz trabalho no colegio sobre luta urbana (a professora de história gostou). nem fazia ideia da dimensão de tudo o que estava acontecendo. o melhor da história era ter o rio de pano de fundo. em uma época que eternizei como a última com ternura. me apaixonei depois pelo marcelo rubens paiva. eu sempre muito volátil. e achava que o mundo ficaria melhor no futuro. não ficou. vontade de me teletransportar. voltar pra um passado que pra mim ainda não passou.

🕴️ torcendo pelo oscar.

🇫🇷 ah! e o filme recebeu apoio francês.

November 21, 2024

centro do rio

 



🇧🇷 tive que ir à cidade resolver assuntos burocras. era cedo ainda. banco fechado. aproveitei pra passar no ccbb. no caminho cortei pela travessa do ouvidor. a ruela é um charme. encontrei com mestre pixinguinha. registro feito. entrei na 1° de março. saudade de tanta coisa. da faculdade. dos restaurantes. do trabalho. das pessoas que estavam comigo nesses instantes. tudo mudou. e uma chuvinha fina caindo reafirmou a temporaneidade. o centro cultural do banco do brasil tinha exposição de arte afro-brasileira. não vi por conta da hora. descobri uma lojinha de artesanato brasileiro. um encanto. mão brasileira se chama. guardei a árvore de natal na retina. vi a logo da confeitaria colombo que já fui um dia com uma amiga e disse pra mim mesma que repetirei a dose breve. olhei pra abóbada do centro fixamente e agradeci por estar aqui (lá). depois de muuuito tempo de banco e de ter conseguido resolver tudo voltei pra casa lembrando do samba que cantava nos carnavais quando era pequena...

E ele
Que era um poema de ternura e paz
Fez um buquê que
não se esquece mais
De rosas musicais
Lá vem Portela...

November 20, 2024

nostalgias

 


🌅 quase uma semana de rio. ainda não deu pra curtir a cidade. deu pra ver a família em um almocinho bem nortista. provei licor de cacau paratiense (de paraty). recomendo. o meu primo me falou do drink do jorge amado com cachaça da gabriela. não conhecia. amaria degustar! visitinha de amiga das antigas. deu pra correr na praia. um barato! vista além mar. dá até vontade de correr mais. e praticar o yoga basiquinho que me ajudou a descobrir movimentos do corpo que nem imaginava que poderia fazer. dei um tempo nas connections. recomendo também. e me adaptando a nova vida temporária. rindo com a mãe m-u-i-t-o. voltando a minha historinha de 10 anos atrás. nostalgias. não deu pra tirar foto também. fiquei com a do 1° ministro japonês que encantou o mundo com o amanhecer em copa durante o g20.

foto shigeru ishiba

November 18, 2024

sonhos de fim de ano

 


era um porta cds. comprei em uma lojinha de decoração no jb que não existe mais. nos tempos do carol (caroline cafe (sem acento mermo)). quando a vida tinha soundtrack. tinham minhas músicas mais amadas, mais tocadas. de pink floyd a marisa monte. red hot + rio, o 1 e o 2. e alguns outros que viraram arquivos digitais. que agora estão nas playlists favoritadas. doei os cds, doei o sonzinho estiloso jvc. transformei a peça em um altarzinho. um porta velas customizado. com uma de vidro da granado. outra de fio de cobre charmosinha (minha preferida). e outras básicas de vidrinho transparente que adquiri em um dia qualquer em uma loja chiquezinha em ipanema pra fazer bem pro ego. sonhos de fim de ano. 🤍🕯️

em tempinho: as velas são de led. não é muito meu gosto. foi por segurança

November 16, 2024

aterrissar no rio sem sol

 


aterrissar no rio sem sol. procurando uma brecha de luz. esperando um calor que não está rolando. ainda. acelerar os passos pra pegar o taxi maneiro que sempre me leva pra casa. trânsito braaabo. horário que todo mundo está indo trabalhar. chegada em casa. mãe-tavalá-me-esperando. café da manhã com café brasileirinho, manteiga artesanal, pão industrial e mamão papaya. brasil e rio mais violentos. evento pra tentar melhorar o mundo com feriadão inusitado. bom pisar na terra da gente, com pessoas iguais a nós, falando português-cariocado, dentro da nossa cultura. a gente só percebe isto tudo quando fica longe. torcendo pra ver o sol. o sol…
☁️🌥️⛅🌤️

November 13, 2024

camembert assado com tomilho e mel e muita memória afetiva

 

camembert assado com tomilho e mel e muita memória afetiva

ingredientes

🟡 1 camembert inteiro (com a caixinha)
🟢 3 a 4 ramos de tomilho
🟠 mel

preparo

🌡 pré-aqueça o forno a 200°C

🧀 retire a embalagem plástica do camembert e coloque-o de volta na caixa de madeira

🕳️ com uma faca, faça pequenos furos no queijo

🌿 encaixe os ramos de tomilho neste furos

🍯 regue com mel

⏳ leve para assar por cerca de 10 minutos

🥖 retire do forno e sirva com uma boa baguette

conexão paris e karen goldman

November 10, 2024

mãe se chama stela. estrela. meu brilho.

 


mãe está fazendo 80 anos. a pessoa mais linda que conheci na vida. infelizmente ela perdeu a mãe logo depois que nasceu. minha vozinha nazare. a vida foi meio complicada pra ela. vô casou de novo e teve muitos filhos. quando ela tinha 15 anos conheceu meu pai. se apaixonou. eles se apaixonaram. como eram primos a família foi meio contra. vô levou a mãe pra brasília. pai foi atrás. ainda bem. casaram novinhos. mãe tinha 19 anos. logo depois eu nasci. ficaram juntos uns 8 anos acho eu. mãe foi daquelas mulheres da geração de 68 que se separou, se divorciou. é independente. é costureira. aprendeu a coser sozinha. criava suas roupas. usava minissaia. era livre pra ser quem quisesse ser. me criou. me deu liberdade. foi mais amiga do que mãe. foi mãe também. não foi nada muito tranquilo na vida da gente. mas voltaria e viveria tudo de novo. o tempo foi passando e há 10 anos atrás casei. deixei minha mãe no rio. vou vê-la sempre. sinto falta da gente perto. das praias. das roupas que criávamos. de comida de mãe. de tantas coisas. do carinho. do amor. mãe se chama stela. estrela. meu brilho. 

🦂 foto na praia de ipanema em 2006

🦂 ah! mãe é escorpião

November 08, 2024

mudaram as estações

 

🌄
e assim, o calor que estava tão bom, vai começando a deixar a gente…

November 06, 2024

"o obscurantismo jamais matará o afeto e a esperança"

 


A frase é do Fernando Gabeira. Li em seu último artigo "Porque Ainda Estamos Aqui". No final ele escreveu:

"Rubens Paiva sonhava com um Brasil melhor e mais justo. Eunice Paiva é a expressão da excelência humana em época de grandes crises. Sua família amorosa ainda está aqui e, na verdade, é por causa desse tipo de gente que ainda estamos aqui, com inspiração para melhorar, enxugando as lágrimas, voltando a sorrir, pois o obscurantismo jamais matará o afeto e a esperança."

Continuamos aqui.

November 04, 2024

coisas que a gente pode fazer quando mora no campo

 


coisas que a gente pode fazer quando mora no campo.
colheita de azeitonas. trabalho insano. apenas ajudei e cozinhei pra todo mundo. a safra foi das melhores. bate uma sensação boooa.
ontem foi niver do meu monsieur français. a família se reuniu quase toda e foi bonito. o ritual à mesa emociona. com bolinho de frutas vermelhas e crumble e champagne no final.
a foto não é minha. é da camille witt -- @wiwoos. não deu tempo pra tirar foto. salvei esta pela beleza do simples. e pra tentar fazer um dia uma mesa parecida. 🌄

November 01, 2024

dia oficial de colher azeitonas

 


dia oficial de colher azeitonas. philippe começou na semana passada informalmente. projeções de uma colheita e tanto. 10 anos. tudo começou no fim de 2014 quando cheguei em terras francesas sulistas e sonhei preparar conservas de azeitonas. no fim de 2015 aconteceu a 1a colheita e o 1° azeite; depois a plantação de oliveiras começou a ser feita com empenho. cada villa tem seu moinho próprio. as azeitonas são entregues e depois de um tempo a gente recebe os galões com o óleo. quando lembro que esta oliveira da foto era pequena, que ficava abaixo da altura da viga de madeira (tenho foto!), reverencio a natureza com todo o amor do mundo.

💚🫒