feira de agricultores
philippe ficou sabendo. é em um lugar com nome sugestivo de bel air e que faz parte de salon, o de provence, villa vizinha. chegou em casa dizendo que iríamos a uma feira de produtos de alta qualidade, bios, naturrrais...
on y go. mistura de francês e inglês que aprendi vendo a série francesa dez por cento.
entramos com um mapinha na mão. philippe ganhou de um senhor que estava saindo.
cabras, ovelhas, bodes, vacas... frutas, verduras, legumes, pães, queijos, frios, vinhos e oliveiras.
na parte de hortis e frutis nos deparamos com uns biscoitinhos de rognes (fica a 19 minutos de casa!), croquants, a vendedora super solícita nos fez comprar quase todos os tipos, quase.
provamos pêssegos brancos e amarelos. escolhemos os amarelos. os brancos eram gostosos mas ácidos demais.
tomates enormes e coloridos. bios. a dona nos vendeu também um vasinho de manjericão que não vivo sem. fizemos uma salada meli melô no domingo.
e, não necessariamente na ordem que se sucedeu, vimos uma barraca cheia de alhos gigantes. escolhemos um maço. foram parar na parede de casa. na cozinha. abri um. é branquinho por dentro. o sabor indescritível. ouvi uma vez o fasano (o dono do hotel de mesmo nome) dizendo que tirou o alho do seu cardápio por esconder os outros sabores.
fechamos com uma cerveja artesanal francesa. um vendedor bem a caráter nos serviu. me senti no rio. lembrei dos tempos da feira da providência quando rolava na lagoa. depois que foi pra barra-recreio não fui mais.
bom ver agricultores, cultivadores, criadores vendendo seus produtos direto. deveríamos mudar de comportamento, de posturas, de paradigmas. pro bem da gente. 
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