sempre que me entristeço lembro deste finalzinho dos Estatutos do Homem do poeta Thiago de Mello. conheci pequena, uma prima me mostrou, ela pegou o texto em uma peça de teatro da escola dela (Faz Escuro Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar (o livro foi escrito em 1964 quando estava exilado no Chile e publicado em 65, ano que nasci. bom pressagio!)). na epoca decorei tudo. hoje em dia quando dou minhas andadas lembro de um trecho ou outro. mas o ultimo. o derradeiro. ficou no coraçao. marcado como uma filosofia de vida minha. depois descobri que o Thiago era amazonense, como meu pai; ai pra me sentir parente, ter alguma ligaçao, foi instantaneo. vai o artigo final.
Artigo Final.
Fica proibido o uso da palavra liberdade.
a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
A partir deste instante
a liberdade será algo vivo e transparente
como um fogo ou um rio,
e a sua morada será sempre
o coração do homem.
nao tenho os creditos da foto, adoraria citar
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