choque cultural brutal 

tinha uma vontade latente de ter estudado no exterior. ver outras culturas. falar inglês fluente (e vim parar na frança! a vida faz dessas coisas). de ter um olhar doce pelo mundo mesmo ele se mostrando tão amarguinho por vezes.
tempão na frança. terras napoleônicas. viver fora do país da gente é sonho e delírio. sonho por tentarmos ser outros sem perder nossa essência. delírio porque não conseguimos. serei brasileira eternamente. e por outra ironia dessa vida engraçada, tenho em mim origens francezérrimas de pai e de mãe. chic.
a historia começa por ter sempre me dado bem com os gringos. estudei em escola de elite. no santa marcelina. chegaram umas meninas de angola para estudar lá em tempos de guerra. fui logo fazendo amigas. trabalhei em joalheria. fiz um tour pelo rio com uma mae e uma filha americanas, se a minha tão descuidada memória nao falhar, eram de são francisco. no fim mostrei pra elas onde morava. disseram que era o melhor lugar do mundo. estavamos falando de ipanema (rio ~ brasil). tive a minha amiga portuguesa que nunca esqueceu de mim e que não está mais por aqui. e teve outras histórias que não me recordo mais com precisão pra poder contar.
o planeta ficou mais xenófobo (que palavrinha horrível!). larousse: quem é hostil aos estrangeiros. o mundo é das gentes. feito pras pessoas. concebido pra nós humanos. "independente de raça, credo, gênero, idade, entre outros motivos."
tento de todas as maneiras aceitar as pessoas como elas são. e rezo fervorosamente para ser aceita como sou. somos feitos da matéria de que são feitos os sonhos*.
*shakespeare e budista
foto: pelas ruas de toulouse, onde vive o filho mais novo do meu marido, no começo deste ano, em pleno inverno, esperando ansiosamente para ir pro rio com o philippe
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