que mês!!

 

que mês!!

nos primeiros dias voltei a meditar

rezar

ommmmmm

revisitei la verrerie

degustaçao obrigatoria de vinhos brancos, rosés e tintos

em taças perfeitas, abauladas

verao, verao (verbo)

quentesimo, agua secando, incendios

fui à pampelone

praia perfeita com gente esquisita

st tropez

paradinha, paradona

com direito a voltas bebericos e fotos

aprendendo mais sobre comes & bebes

curiosamente

curtindo domingueiras insolitas

escrevendo como nunca jamais eternamente

arte em tudo o que vivo

preciso me encontrar, candeia

c'etait magique cold play tocando no stade france

poesia pura

terras francesas habitadas

e um pouquinho de brasil

a vida continua

...

varanda da casa de Pelissanne hoje pela manha

S-I-M-P-L-E

 

S-I-M-P-L-E

do ottolenghi*. simplesmente lindooo. e deve ser tudo absurdamente gostoso. nao conhecia o cara. foi indicaçao da pagina eu como sim. a autora, uma brasileira que vive em paris e fez o curso ferrandi. karen goldman. me salvou por aqui por este sul francês, principlamente no periodo do confinamento.

mas voltando ao otto. estou com uma sensaçao estranha. terei que fazer todas as receitas. ainda bem que sao, como o livro se intitula, simples.

comentei outro dia sobre o livro e soube que o alex e a matilde ganharam dos tios no ultimo niver do alex. bom começo de vida. eles se paxaram, como diz aqui na frança. pra mim é tudo igual. casar, ficar junto, fazer pax. agora temos uma coisa em comum!!

e la vou eu. feliz da vida. fazer minhas receitinhas. e com um limao siciliano na mao. sempre. porque nao pode faltar na cozinha.

enjoy your meal! bete'avón!

em hebraico

*o autor é um chef anglo-israelense

Largo do Boticario

 

Largo do Boticario

virou hotel. e francês. estive algumas vezes na area pra tentar fotografar. o lugar, lindo. a luz, mais linda ainda. e com uma boa historia pra contar. o largo estava completamente abandonado. sem-teto ocupavam o local. ficava triste ao ver. ia embora. e no ano seguinte tentava de novo. o Philippe ja estava cansado de subir pra la. o caminho é arborizado. de casa até o local a gente corta Laranjeiras e Cosme Velho. cansa mas é gostoso de caminhar.

e ai o largo afrancesou. respeitaram a construçao neocolonial e deram um ar despretencioso a proposta. vai virar ponto de encontro. e dos bons. um link bacana entre Ipanema-Leblon-Gavea e arredores com Santa Teresa-Centro-Zona Portuaria e adjacências.

nao vejo a hora de poder ir conferir. checar o que os ouvriers (trabalhadores em bom francês) fizeram.

-- que toda a quimica da historia, seus ilustres e famosos que fizeram parte dela, dêem boas vindas elegantemente ao monsieur & madame Jo&Joe Rio de Janeiro!!

a foto de entrada foi tirada no ultimo verao, a panorâmica é de autoria do hotel

favela

 

favela

cresci perto dela. morava em ipanema. no bar 20. depois no predio ao lado. pai tinha casa no leblon. pra ir vê-lo passava pela cruzada. um conjunto de predios. uma favela suspensa. perto tinha o vidigal e a rocinha (acho que é a maior favela do mundo!). e nos outros bairros proximos existiam/existem muitas. pessoas vivem em morros no rio.

fui à rocinha. a nazaré que fazia uns trabalhos pra mae convidou. a cristina, filha dela, era minha amiga. foi uma aventura. como tenho vertigem, fui me arrastando. todo mundo fazendo pouco de mim. elas moravam la em cima do morro. e tinham a tal da ginga pra subir e pra descer. na casa tinha vista pra lagoa e pra sao conrado. um luxo. nao tinha banheiro. era um buraco. e tinha que pegar agua no latao de ferro. fui no botequim, à festa. dancei. fiz amigos. me senti gente no meio de gente. a nazaré fez tudo o que eu gostava. fui super bem recebida. nunca esqueci.

ela ficou soterrada uma vez nos periodos de chuvas intensas no rio. ela ouvia as vozes das pessoas a sua procura. nao sei quantos dias foram ao certo. sei que foram alguns. ela sobreviveu. a imagem que guardo dela é da maior ternura.

depois descobri que a favela virou ponto turistico. favela tour. achei graça. os gringos pagavam pra ir visitar acompanhados de um guia.

e tem o favela chic em paris. um chefe meu me contou ha muitos anos. nao sei se esta na moda nos dias de hoje.

ai o bicho pegou no rio. a violência acirrou. todo mundo tem medo de passar, subir e se aproximar das favelas.

quando tem tiroteio em sao conrado e os 2 irmaos fecham, a barra da tijuca fica isolada do resto do rio.

trabalhei em santa teresa. passava de bondinho por todo o bairro. uma mistura de gente brasileira verdadeira. muita favela em volta.

ao escrever meu projeto de hotel de charme em santa teresa pra fechar meu curso de administraçao, salvei no google maps o lugar onde seria o imaginado hotel. tinha favela no mapa todo. 

nao sei como as pessoas conseguem sobreviver nos seus morros. e conseguem.

o samba veio do morro.

o carnaval veio do morro.

o trabalhador desce o morro pra trabalhar no asfalto todo o santo dia.

lembro da marisa monte que cantava...

"vida sem graça
se você não passa no morro" 🌄

foto em santa teresa com o philippe quando ficamos em um studio do airbnb

french touche

 

arte da french touche. uma galeria que diz ter como acervo objetos tocantes. acho que eles estao com toda razao. nao encontrei o autor da obra, ficaria honrada em postar.

https://frenchtouche.com/

au coin du monde

 

au coin du monde. é lá! vivo no meio disto tudo. verde pra todo lado. a luz é demais. os amanheceres e entardeceres que o digam. e os aromas fazem a gente querer ser meio bruxa. passo por estradas. descubro villas. desbravo rotas. por aí. vou na direção do sol. ouvi isto um dia e guardei. tentando ser feliz. difícil por vezes. mas me aventurando como uma boa estrangeira. sempre. viva. neste sul francês.

uvas roxas

 

uvas roxas plantadas em 2019

no ano seguinte nao pude colhê-las

confinamento

estava no rio

2021, a colheita foi em agosto

neste ano

elas maduraram mais rapido

docéssimas!!

bio

geladinhas

uma bençao da natureza

na expectativa das pretas e brancas

provei as pretas e estao um mel

foto inspirada em outra customizada pelo sergio pagano

explicaçao de poesia sem ninguem pedir

 

Explicaçao de poesia sem ninguem pedir

Um trem-de-ferro é uma coisa mecânica,

mas atravessa a noite, a madrugada, o dia,

atravessou minha vida,

virou só sentimento.

Adélia Prado, li na pagina do Rodrigo Penna

Gare de Lyon

damascos assados

Damascos assados

VOCÊ VAI PRECISAR:

1kg de damascos maduros

1 vagem de baunilha

2 laranjas

2 colheres de açúcar mascavo dourado

Pré-aqueça o forno 200°C.

Corte ao meio e tire a semente dos damascos, depois coloque-os em uma assadeira.

Corte a vagem da baunilha ao meio, raspe as sementes na bandeja e jogue a vagem.

Use um descascador rápido para raspar 1 laranja e, em seguida, esprema o suco de ambas as laranjas.

Polvilhe o açúcar, adicione um pouco de água e misture tudo.

Asse no forno por 20 a 25 minutos, até ficar macio e suculento. Deixe esfriar.

Eles podem ficar cobertos na geladeira por alguns dias.

vi no jamie oliver e resolvi fazer.

usei limao siciliano.

pode comer com sorvete, iogurte, na fatia de pao integral com queijo e tomilho fresco e espremido e peneirado com champagne, prosecco ou cava.

fotos da bette e do philippe

coldplay no stade france

coldplay no stade france

e a gente cantando ooo oo. nancy, gille, philippe, autor da foto, e eu.

conto tudo depois!

🎵🎶

colorida e p&b

 

foto tirada na ultima ida ao rio, o de janeiro. foi numa tarde de verao com as amigas. no fim, pra ficar registrado, rolou fotinho. quando começamos a amadurecer, envelhecer... as fotos tiradas ao acaso, sem pose, sem filtro, ficam bonitas. é a gente. em essência.

parece que foi outro dia. la se vao 3 meses e pouco longe da minha cidade, da minha terra, do meu pais.

saudade. a palavra mais linda do português.

sou do mar, da praia, do sol de 40° ao meio-dia, da linha abaixo do equador

 

sou do mar, da praia, do sol de 40° ao meio-dia, da linha abaixo do equador

moro no interior. nao tem praia. nao tem rio. tem um canal perto. a primeira agua que vi por aqui foi em marselha. do aviao, do carro e pisando na areia. me apaixonei. o mar mediterraneo tem alguma coisa de agregador que nao da pra explicar. (ja falei isto antes)

depois tive a linda, mas linda surpresa mesmo, ao me deparar com o mar nos calanques. como sou fissurada por turquesa, rolou energia das boas. o porém foram as pedras. mas é meio que uma liçao. passar por elas e se ver dentro do mar de repente.

fui a salin-de-giraud, uma praia gigantesca e a saintes-maries-de-la-mer. pra chegar la a gente passa pela camargue, um lugar com agua pra todo lado, é uma reserva natural, vi animais livres de quase todas as especies, me remeteu ao pantanal no brasil.

sausset-les-pins. uma outra prainha. acolhedora. tem pedras em vez de areia. o mar é calmo e da pra matar a saudade da maresia de vez em quando.

nao cheguei a ir à praia em cassis. vi de longe. tem o charme de vila pequena. quando você entra na cidadezinha, descendo as escadarias de pedra, fica paralizado por segundos ao ver o mar.

saint-tropez é chic, sem comentarios. amei ramatuelle, cidade vizinha. la tem o meu lugar favorito no mundo todo. uma praia com nome pomposo -- pampelonne. nunca vi nada parecido na vida. deve existir. mas ficou eternizada em mim esta.

bandol é um charme. o que mais gostei? pique-nique. comidinhas de mar compradas no marché de domingo e apreciadas com toda pompa em uma bela canga nas areias de la.

le grau du roi foi pra encontrar uma amiga. cidade praiana. me fez pensar em buzios.

nice é... naice. no melhor estilo de uma brasileira-carioca-na-frança. me senti no rio de janeiro. tudo é bonito. vontade de sentar nos restôzinhos da praia, beber champagne e comer ostras fresquezimas.

menton. ultima cidadezinha da frança que faz fronteira com a italia. as culturas se misturam. é bela! queria ter visto o por do sol. voltarei um dia.

voltarei.

pesquisando todo o litoral francês no mapa.

Spaghetti alla Nerano

 

Spaghetti alla Nerano

adaptado de Lo Scoglio da Tommaso e outros restaurantes Nerano

serve 4 porções

ingredientes

6 abobrinhas médias cortadas em rodelas fininhas

azeite para fritar

300 g de spaghetti

1 dente de alho picado (opcional) (usei!)

100 g de queijo ralado (como Parmigiano Reggiano envelhecido, Provolone del Monaco ou Caciocavallo)

1 maço de folhas de manjericão fresco

uma porçao de manteiga (opcional) (esqueci de usar!)

pimenta preta moída, a gosto (coloquei na abobrinha fritando)

instruções

1. Pegue as rodelas de abobrinha em fatias finas e frite no azeite até dourar (ou mesmo até ficarem levemente queimadas)

2. Coloque a abobrinha frita em um papel toalha para absorver o óleo; deixe descansar em uma tigela por algumas horas (ou coloque na geladeira durante a noite). Antes de usar, enxugue-os novamente com uma toalha de papel para remover o excesso de umidade

3. Cozinhe o spaghetti em água levemente salgada até ficar al dente. Guarde uma xícara de água do cozimento depois de escorrer o spaghetti

4. Reaqueça a abobrinha em uma frigideira com alho picado opcional

5. Coloque metade da abobrinha em uma panela ou tigela limpa e adicione algumas colheres de sopa de queijo e algumas colheres de sopa da água de cozimento do macarrão. Mexa a mistura até que o queijo comece a derreter. Adicione o spaghetti, o restante da abobrinha e o queijo, e continue mexendo até que o queijo e a água do spaghetti formem uma emulsão consistente. Se a mistura parecer muito grossa, adicione um pouco mais de caldo de cozimento. Se estiver muito fina adicione mais queijo.

6. Adicione manjericão fresco, manteiga e pimenta-do-reino a gosto.

7. Sirva com um raminho de manjericão por cima – com flor de manjericão, se tiver – em uma tigela rasa.

melhor prato que comi nos ultimos tempos, comeria quilos! adorei, adoramos

indicado pelo Stanley Tucci ao visitar a Costa Amalfitana na New Yorker

referências francesas minhas

 

referências francesas minhas

ver, rever o filminho do anthony bourdain fazendo uma ode a paris aos franceses e sua percepçao para com a vida

ouvir um samba maneiro brasileirinho em versao frenchy

borogodo e je ne sais quoi se casam e sao felizes juntos

dar de cara com uma street art supér

o que mais amo nestas terras revolucionarias?!

além do philippe...

o jeito chic de ser

as artes

a arquitetura

a gastronomia, paes, queijos e vinhos inclusissimos!

a moda minimalista

ahhh os perfumes

o ar blasé

a cultura que é a vida deles

a liberdade que é o lema deles

l'amour que é a essência deles todos

~ que hoje seja um dia de festa!!

~ foto em Montmartre por Ali Helena

~ There is always light if you are brave enough to see it

Sempre há luz, se formos corajosos o suficiente para vê-la

Il y a toujours de la lumière, si seulement nous sommes assez courageux pour la voir

Amanda Gorman

o atelier

 

para os que escrevem o atelier é o templo,

as palavras sao a reza,

e tudo é misturado.

como começa? não sei.

onde acaba?

sei muito menos.

sentir é melhor que saber.

li na pagina da Rita Wainer (adaptado)

escrivaninha repaginada, em lugar novo onde posso ver uma oliveira centenaria dando frutos que serao colhidos na proxima estaçao, ouvir o canto das cigarras neste verao torrido e amar o por do sol toda tarde

mimosa

 

coleciono domingos desde que entendi: os domingos existem. verdade que vez em quando eles acontecem nas segundas ou quartas, talvez até numa fresta de tempo de uma quinta de manhã. fato é, aos domingos os minutos se espreguiçam antes de levantar. em caso de chuvinha miúda, podem até continuar ali, contando o plin-pom-plim-plim-pom e pensando que sonhar é uma coisa mágica, um filme que a cabeça produz e encena sozinha, sem medo algum de cortes de orçamento, pois de um voo de balão se vai para uma caminhada na savana com elefantes rosa pink, e, em um piscar de olhos, já se está dançando em um céu de estrelas cadentes. aliás, é preciso que se diga, o cérebro é um cineasta sem compromisso algum com a realidade. se tiver sol, os domingos exigem que se abra todas as janelas da casa (ou se feche por conta do calor absurdo, uma pena). convém pedir perdão ao clichê e colocar na vitrolinha a gal cantando tim maia, sem esquecer de cantar a plenos pulmões quando chegar naquela parte, sabe? "faz de conta que ainda é cedo-u-uhu". ainda no ritmo, subir em um banquinho de madeira (feito pelo philippe), pegar a tacinha de festa e nela servir uma mimosa com mais espumante do que suco de laranja. se por acaso tiver um pão no freezer, perfumar a casa com ele, enquanto aceita a ideia da mimosa e envia mensagem (nao gosto de áudio) usando palavras imensas: saudade, beijo, gargalhada. em ambos os casos, existir sentindo muito. olhar em nossos olhos, abrir livros de poesia, ter saudade de chicabon, colocar os pés pra cima, anotar no bloquinho "o domingo é sentimento", escolher um filme francês, cochilar sem culpa alguma e decidir que segunda tal coisa será resolvida. sem falta. mas só na segunda. porque hoje é domingo. domingo a gente vive. e, então, coleciona.

texto da cris lisboa que me faz bem ler personalizado

mimosas preparadas em um dia desses qualquer

salon

 

perto das 9 horas da noite

em salon

verao!!

claro ainda

o sol ja estava a nos deixar

brisa boa passando

seco de lascar

mais de 30° à sombra

lua crescente la no fundo quase imperceptivel

mas liiinda ao vivo

e gente, muita gente

e cantorias

e danças

em busca do tempo perdido

à la recherche du temps perdu

salade des tropiques

 

salade des tropiques

folhas verdes

fatias de queijo de cabra

pêssegos cortados

avelas picadas

ervas de Provence