obrigada de 💜

 

"alma lavada, sorriso largo, e uma gente linda transbordando por todos os lados!" valeu! obrigada de . a frase é do rodrigo penna. não sabia o que escrever... fazer 58 anos é exquisito muy exquisito.

tenho nostalgia daqueles tempos

 

almoçar ou de repente jantar (no verão) no campo, no sul da frança, na provence é algo particulier (que é elevado a um alto grau, larousse). senta-se à mesa, em volta estão as oliveiras, as vinhas, tem-se vinho (meu favorito é o branco; embora o traia às vezes com o rosé e o clássico tinto) e água fresca, flores e amores, pães, pastinhas, saladas e vinaigrettes, amuse-bouche (aprendi quando trabalhava em restôs!), prato, mais do que requisitado, os queijos ahhh os queijos... e ou a sobremesa. vale um café se possível brasileiro ou chá de origem russa e uns chocolatinhos belgas. fico na dúvida quanto ao digestivo. perdi o hábito. bebia quando estava na casa do pai, tinha o cointreau, era tradição!

tenho nostalgia daqueles tempos (frase adaptada do alfredo sirkis)

foto do auberge la fenière

aspargos selvagens

 

o sinal de que a primavera chegou e se instalou nas nossas vidas é quando consigo colher muitos aspargos selvagens... é surpreendente... a gente vai caminhar e tchan tchan!! se depara com um filete esbelto, fininininho e, claro, verdinho que só. cortamos da melhor forma, com cuidado e apreço e começamos a sonhar com saladas, legumes grelhados e omeletes com eles dentro. milagres da natureza pra fazer bem aos gastrônomos.

my blueberry days

 

my blueberry days

sempre quis fazer uma torta de blueberries! uma pequena homenagem a um filme -- My Blueberry Nights. vi ao acaso do acaso, quando ainda existia a moviola, uma locadora em laranjeiras. como mudamos nossos jeitos com o tempo. foi indicação do vendedor. e amei ver.

o filme é um on the road. tem uma elizabeth na história. ela passa uns perrengues afetivos. viaja pelos estados unidos e tem o jude law pra fazer valer a vida. a norah jones é linda! e foi nesse filme que conheci a cat power. ela que foi ao brasil e se apaixonou pelo meu país. são tantas paixões! ah e o bar é muito parecido com o que eu trabalhei, o caroline café.

bom foi a blueberry torta. peguei a receita fácil de uma francesa na internet il était une fois la pâtisserie. philippe me ajudou com a massa as usual. o recheio leva amêndoas. ainda vou entender porque que tudo que leva amêndoas fica demais. queria uma foto com o açúcar de confeiteiro caindo. mas aí era pedir muito. foto de pro. nao deu. tirei esta com uma vontade enorme de comer e me lambuzar.

torta de blueberries e amêndoas

massa pronta. fure com garfo antes de colocar o recheio

creme de amendoas

100 g de manteiga bem macia, temperatura ambiente

100 g de açúcar branco

bata com fouet

coloque 2 ovos inteiros

continue batendo

acrescente 100 g de amendoa em po

uma colher rasa de sopa de canela

30 ml de creme de leite (que equivalem a 2 colheres de sopa) (na receita é creme fresco)

coloque ¾ do creme de amendoas na massa da torta

20 min de forno pre aquecido a 180°

coloque o resto do creme

375 g de mirtilo (usei 125 g)

mais forno por 15 min a 180°

deixe esfriar para colocar o açúcar de confeiteiro

e sirva!

primavera e toulouse

 

"Aqui estão os dias longos, luz, amor, delírio!

Eis a primavera! Março, abril com seu doce sorriso,

Maio em flor, junho em chamas, todos os belos meses amistosos!

Os Álamos, nas margens dos rios adormecidos, se curvam suavemente como grandes palmas das mãos;

A ave palpita nas profundezas do bosque tépido e calmo;

Parece que todos riem, e que as árvores verdes estão tão felizes por estarem juntas que recitam versos umas para outras.

O dia nasce coroado com um amanhecer fresco e terno;

O anoitecer está cheio de amor;

pensa-se que se ouve, através da vasta sombra e sob o céu abençoado, algo alegre que canta ao infinito."

Primavera, Victor Hugo

(tradução livre)

li na pagina gastronomos.fr de uma brasileira que mora em paris e que me ensina a cozinhar

foto de toulouse no dia que a conheci, ainda era inverno

é primavera! na primavera tudo muda

 

NEM POR UM MOMENTO!

Lavar as cortinas da casa, aqueles 3 kilos a menos, cortar despesas, cortar o cabelo, cuidar de si, ter uma ideia genial, começar um livro novo (ou terminar aquele que está escrito há anos), um romance novo, curtir mais os filhos do marido, amigos, o silêncio e a salada de endívias, mais pessoas que posts, mais safadeza que treta, aprender uma língua, tocar um instrumento, conhecer Palma de Maiorca ou Santorini, montar um projeto, um cavalo, ou a bicicleta, mudar os planos, as plantas, promessas, jogar fora as mágoas, máscaras, e esse monte de coisas velhas, conseguir uma bolsa, uma força, um personal, um contato no Ministério do Interior da França, uma sociedade, aquele salário ideal, consertar as coisas do ap do Rio, os maus hábitos e o casamento, ficar jovem, ficar rica, ficar viva, sair do zap, sair por aí, sair disso aqui, não brigar com a NET (quando morava no Rio), fugir pra longe, salvar os bichinhos, as orquídeas e um pequeno rio que passa perto, tomar uma taça de rosé, agradecer, uhu, namastê!

Mas, nunca, nem por um momento, esquecer que somos uma sociedade profundamente egoísta e é nossa obrigação lutar por um mundo mais justo, diminuir as distâncias, a desigualdade e os privilégios.

Nada é mais importante que isso.

E foda-se a boa moral.

Lutar com alegria!

personalizei o texto do Rodrigo Penna

foto de hoje de manhã. é primavera! na primavera tudo muda

capture every moment

 

the fabelmans

do steven spielberg. sua história. filme longo. longa metragem. longa a vida. tinha que assistir. mr. steven fez parte da minha também.

vi tubarão no pax em ipanema, um cinema "art-déco". lindo! não existe mais. construíram um shopping no lugar. a gente ficava imitando a primeira cena na praia quando ia mergulhar com a turma. todo mundo fazia! depois teve os contatos. os imediatos do 3° grau. a musiquinha não saiu da cabeça nunca mais. indiana jones era tudo o que a gente podia se encantar e sonhar. ET com o papai no cinema leblon. não existe mais também. pai chorou. acho que chorei junto. o cinema inteiro. goonies, a cor púrpura e o império do sol. e muitas lágrimas rolaram por aí. jurassic park. vi só o primeiro. foi tão bom mais tão bom que não quis perder a magia vendo as continuações. não tive coragem de ver a lista de schindler. vou ver um dia. faltaram filminhos. uma pena! mas os que assisti deixaram doces recordações de um tempo bom.

the fabelmans é uma bio de alto nível. a arte. a vida da gente em segundo plano. a arte em primeiro sempre. o começo de tudo na carreira de um cineasta. a cultura americana. perco algumas cenas por conta do francês. assisti dublado e sem legenda. os franceses tem esse amor pela língua. prefiro versões originais, a gente sente mais tudo.

amo ir ao cinema. comer pipoca. e tomar guarana (no brasil). mesmo com todo o aparato, toda a tecnologia. todos os streamings. ir ao cinema ainda é um programa legal. bem legal!

capture every moment

rio de fevereiro

 

duas semanas que deixei o rio e voltei pra frança, pro seu sul.

duas semanas. voam!! passada em toulouse. estrada. e de volta pra casa. re-organizar tudo. mercado. ver o dia nascer e se por. cumprimentar o sol a lua as estrelas. cozinha (love cuisine). plantar pra colher no outono próximo. ver a família. fazer planos. sonhar. escrever. ler as notícias e entremear com poesia para amenizar. a frança está em frenesi político. não sei como vai ser daqui pra frente. coração apertado. algo me diz que teremos tempos difíceis pela frente (não gosto de pensar desse jeito. -- a vida vai melhorar, laralá). e... uma vontade no fundo da minha alminha errante de virar uma esquina, olhar pro céu, ver o cristo. os morros todos. o mar. e o rio. segurando a mão do philippe.

fotos:

1a em cima à direita: praia de ipanema

2a embaixo à direita: praia da barra

3a embaixo à esquerda: lagoa rodrigo de freitas

4a em cima à esquerda: arpex pros mais chegados. arpoador

un sentiment de fort injustice

 

un sentiment de fort injustice

a strong sense of injustice

um sentimento de forte injustiça na frança e no mundo

impermanência

 

a impermanência me deu uma lição de vida. presente da minha sogra. flores e o buda em um arranjo b-o-n-i-t-o. de um momento pro outro o buda se partiu. a cabeça se separou do corpo. o philippe consertou.

tentei explicar sobre a impermanência, o que não é permanente, não dura e está em constante mudança. deveria ter falado em efêmero, inconstante.

tempo passando...

meus pais estão mais velhos. mãe mais frágil, pai vai fazer 80 anos. cresci vendo neles um poder imenso. 8 anos com o philippe. eu e ele estamos mais velhos também.

-- o presente foi para celebrar o tempo que temos juntos.

carnaval 2023

 

Foi no carnaval que passou

como foi que comecei a tirar fotos de pratos?

 

como foi que comecei a tirar fotos de pratos?

1 trabalhei em restaurantes

2 sou apaixonada por gastronomia

3 gosto de comer. gourmande!

isto posto, tentarei explicar melhor.

quando comecei a trabalhar em restôzinhos no rio conheci uma amiga que me iniciou na arte de fotografar comidas. achava estranho. pensava que era coisa pra profissional (e é). tinha que ter a luz, o ângulo, a composição toda bem feita. nos arriscamos. lembro que fiz uma foto de uma sobremesa com açaí. o cara deu a ideia de misturar um pouquinho de creme de cupuaçu pra fazer o contraste do roxo com o creme. e castanhas do pará cortadas grosseiramente para decorar. -- um cheiro pra ti norte do brasil!

depois participei de umas sessões de fotos com fotógrafos profissionais e estilistas que criavam ambientações para bebidas & pratos. delicioso fazer nos dois sentidos!

e aí veio a mania de tirar foto no celular. quando me flagrei tirando foto de café disse pra mim mesma (-- viciei no click!). eram fotos e mais fotos pra me fazer sentir viva. artista. fotógrafa amadoríssima.

antes de casar fiz curso de culinária com a mãe. foi um desafio. cozinhar e depois fotografar o feito. quando paro pra ver me lembro das construções. umas naives, outras simples, algumas raras.

depois que me deparei com a gastronomia francesa foi minha redenção. reverencio cada prato. cada copo de vinho (bebidas inclusas (adoro foto de copos e de tin-tin)). aprendi o simples bem feito. tem uma gastronomia francesa requintada. mas tem também a comida do dia a dia, com ervinhas, molhinhos que a gente degusta depois com um pedacinho de pão raspando o prato e muitas outras ideias...

amo fotos. adoro fazer, tentar fazer, arte. sou apaixonada por comes-e-bebes. strange kind of art.

-- uma das minhas 1as fotos. abril 2013. quiche de espinafre com pimenta biquinho. fiz a massa da quiche e o recheio com ajuda da mãe. criei o meu estilo de improviso e tirei a foto com uma máquina sony digital antiguinha emprestada do pai (nao lembro o tipo).

back to the kitchen 🥧🍐

 

back to the kitchen

a teoria que diz que se você não coloca a mão na massa se perde a pratica é uma verdade totalmente absoluta. após 30 diazinhos de férias, retomei os trabalhos. tudo é esquisito. a mão se enrola nela mesma. mas, vamos nessa! escolhi fazer uma torta de peras. pesquisei. pesquisei. e vi uma receita antiga da paola carosella de frangipane. tinha alguns ingredientes e decidi de estalo. é esta!

adorei fazer. a massa já tinha pronta na geladeira. não tinha a fava de baunilha. fiz as peras com especiarias. fiz a 4 mãos. philippe ajudou a bater a frangipane.

achei que as peras poderiam ter ficado mais bonitas. foto para o álbum "mastering the art of brazilian cooking with a french twist". ah! a receita é francesa.

receita

INGREDIENTES

Para as Peras

6 unidades Peras (fiz com 4)

1 xícara água

1 unidade Casca de Limão Siciliano

2 colheres (sopa) Açúcar

1 unidade Fava Baunilha (usei casca e caldo de 1 limão-siciliano, 2 ramas de canela, 4 bagas de cardamomo abertas e 3 cravos-da-índia)

Para o Creme de Frangipane

200 g Amêndoas (fiz com 125 g)

200 g Manteiga (fiz com 125 g)

180 g Açúcar (fiz com 113 g)

2 unidades Gemas de Ovo (usei 1)

Para Finalizar

Açúcar Cristal para polvilhar

Creme ou Iogurte

PASSO A PASSO

Para as Peras

Em uma panela, levar ao fogo alto as peras, a água, a casca de limão, o açúcar e a fava de baunilha ou especiarias até ferver

Baixar o fogo e cozinhar em fogo brando até que as peras estejam realmente tenras

Retirar as frutas com cuidado e reservar

Continuar reduzindo a calda do cozimento até ficar espessa e meio rosada

Uma vez pronta, coar, retirar a fava de baunilha e reservar a calda

Cortar as peras ao meio, retirar as sementes e cortar em quartos (cortei so ao meio)

Para o Creme Frangipane

Em uma assadeira, torrar as amêndoas no forno a 170 °C durante 8 minutos (ou usar a farinha pronta)

Depois que esfriar, colocar no processador ou picar rusticamente

Juntar a manteiga e o açúcar e continuar processando até obter um creme claro

Desligar o processador e acrescentar as gemas, misturando com delicadeza

Reservar na geladeira até a hora de montar a torta

Montagem

Preaquecer o forno a 160 °C

Retirar a massa da geladeira e abrir em forma de retângulo (ou arredondada)

Acomodar a massa na assadeira e, com uma espátula, espalhar o creme frangipane por cima dela, deixando pelo menos 5 mm livres antes de chegar às bordas

Dispor os pedaços de pera fazendo um pouquinho de pressão para eles afundarem no creme de amêndoas

Polvilhar com açúcar cristal e leve ao forno preaquecido

Assar por 20 minutos (Se achar que ainda precisa dourar mais, deixe por mais alguns minutos)

É possível que a massa já esteja sequinha e no ponto, mas as peras e o creme ainda estejam pálidos. Caso isso aconteça, aumentar um pouco a temperatura do forno e assar por mais uns 10 minutos. Cuidado para não queimar a massa

Decorei com amêndoas em laminas

Retirar e cortar enquanto ainda estiver quente

Servir quente ou morna com creme ou iogurte e a calda do cozimento das peras

fonte https://achougastronomia.com.br/

voando

 

mesmo que eu achasse

que sabia onde estava

eu não sabia

cabeça descolada do

corpo. Eu procurando um

lugar seguro

sem saber que este lugar

sempre esteve, sempre esteve,

sempre esteve dentro de mim

Dentro dos meus

desejos

Dentros das minhas

vontades

o caminho nunca esteve

tão claro só que a claridade

pode queimar as retinas.

E nunca foi com os olhos

que enxergamos a vida

e sim, com o coração

Virei AVE. Aprendi a voar

arte rita wainer

dia internacional das mulheres que voam

💚

 

viagem: rio na rota

mundo mudou. mudou demais! desafio básico: tickets de viagem caros. conseguimos um bom preço com a ajuda do alexandre, filho do philippe. saímos de carro de casa. fomos pra toulouse. embarcamos para lisboa. e no fim rio. um táxi muito gente fina estava a nossa espera. ufa! encontrar com a mãe, minha estrela. saudades mil. e aí a gente começa a viver o jeito carioca de ser. andanças por lugares conhecidos e desconhecidos. sambinha maneiro por toda parte. um pouquinho de família e amigos junto. nos arriscamos de novo no largo do boticário e fomos surpreendidos com um hotel inusitado. brindamos e nos deliciamos a beira da piscina. outra boa surpresa foi o bloco sinfonia ambulante. super-simpático. e inesperado. visitamos o forte do leme e perdemos a respiração ao ver a vista da cidade mais linda do mundo. carnaval chegando e a gente rezando pra que a festa fosse boa. e foi. o rio está mais violento. mais díspare. a desigualdade entre todos está escancarada na nossa cara. e as pessoas estão no limite. triste. nunca pensei que iria ver a minha cidade favorita desse jeito. carnaval de rua. blocos no leblon leme perto de casa. vou festejar!! homenageei a rita lee desenhando um coração no rosto. ela fez parte da minha vida. e fomos ao posto 9 conhecer a barraca do uruguay. caipirinha e sanduba -- qué salado! (pesquisei no viveruruguay.com. a gente diz quando é surpreendido por alguma coisa incrível. pode ter sentido contrário (como tudo na vida)). santíssima teresa. bondinho. bar do mineiro. tudibom. mais caminhadas. o bairro onde o philippe e eu começamos a ficar. os franceses amam!! lembra montmartre. sábado de praia. vento batendo. andando por aí. braca e brigadeiro. tudo pra fazer algo legal com a saudade. barra for the first time. segunda vez, fomos ao recreio na primeira. caminhamos um bocadinho. a barraca do pepê não é mais a mesma. ch-ch-ch-ch-changes. parque lage. lagoa. como as cores do rio são uma beleza! niver da cidade. centros culturais free of charge. fomos pro porto. o maravilha. museu do amanhã. que futuro teremos? despedidas: almocinho com tio maroja e família e encontro com tio carlos mendonça, família e paraenses. vontade de não ir mais pra fora do brasil. vontade de ficar. caipirinha com cachaça das boas e tin-tin. voo às 22 horas. como sempre digo (e penso) que seja doce. docíssimo! não deu pra fazer um monte de coisas, ver algumas pessoinhas do coração. é pra voltar. voltar sempre e mais uma vez.

arte do rio retrô. presente da matilde e do alexandre. fica na parede do meu escritoriozinho. lugar de inspiração. estudos. escritos como este. petit coin de paradis de mon coeur vert. traduzindo: pedacinho do paraíso do meu coração verde.