primavera dos pães

 

fui tomar um café ontem com a mãe. a gente estava combinando há tempos. ela dizia que não gostava muito do lugar. achava over. mudou de ideia. ela ficou feliz. vi brilho nos seus olhos. e falava o tempo todo. e comeu bolo e todos os biscoitinhos amanteigados. cenas que a gente não esquece mais.

fui repetir o feito hoje. vicia, sabe. pedi o bolo de chocolate pela 1a vez. não imaginava que fossem tão deliciosamente gostosos. não muito doces. e com um espresso pra fazer par. achei um livro em uma caixa estrategicamente colocada na lojinha, são livros de 2a mão de uma livraria que fica perto. vi todos e um sobre champagne me deu curiosidade de folhear. era em francês. falava dos bons vinhos da região e terminava com o meu favorito - taittinger (philippe me ensinou a pronúncia correta - tay·tuhn·jr). bebi com ele em um fim de ano que passou. perfeita!

pequenas sensações que me levam a pensar em como a cultura lá da frança mexe comigo.

em tempo: o lugar: primavera dos pães: padaria artesanal orgânica: o dono aprendeu a fazer pães na frança.

☕🍫📕🇨🇵

mingau de aveia

 

cardápio de ontem à noitinha:
mingau de aveia

ingredientes
🤍 ½ xícara de chá de aveia
🥛 1½ xícara de chá de leite
⚪ 2 colheres de sopa de açúcar
🟤 canela em pau inteira (1 unidade) e em pó a gosto para servir
🌰 pitada de noz-moscada ralada na hora
🫐 alguns mirtilos
🌰 amêndoas picadas
🍯mel

modo de preparo
numa panela, leve o leite, a aveia, o açúcar, o pau de canela e a noz-moscada ao fogo médio. mexa por cerca de 5 minutos, ou até começar a ferver. abaixe o fogo e continue mexendo por mais 2 minutos ou até o mingau começar a engrossar.
desligue o fogo e sirva quente. polvilhe um pouco de canela em pó. para deixar o mingau ainda mais saboroso, experimente polvilhar com amêndoas picadas, mirtilo e regar com mel.

receita do panelinha adaptada.

recomendo. adorei preparar e degustar!

choveu no rio!

 

depois de um mês choveu ontem de repente com sol no rio. -- só não vi arco-íris. 🌧🌦🌞

tempo em suspenso

 

philippe e eu
no rio de janeiro
dia 23 de fevereiro
um ano atrás
noite carioca
tempo em suspenso
.................

sorvete cairu

 

🍨 menu degustação. neste tempo de rio de janeiro disse pra mim mesma que iria provar todos os sorvetes cairu do tacacá do norte. a lista é extensa... hoje foi o de bacuri. impagável! sou fascinada pelo de cupuaçu, mas o de bacuri é peculiar, como direi? raffiné. ouvi uma vez que os chefes internacionais amam a fruta. eu também.

no tacacá eles têm sorvetes de:
açai
cupuaçu*
bacuri*
carimbó* (castanha do pará e doce de cupuaçu)
graviola
mestiço (açaí e tapioca)
murici
tapioca*
paraense (açaí com grãos de tapioca)
tapereba
castanha do pará*

* favoritos

"nóis morre, as coisa fica"

 

🇧🇷
"nóis morre, as coisa fica". arte popular na exposição do museu do folclore do rio. brasilidade pulsando forte. não registrei o autor. perdão.

peacockfight fundraising

 

peacockfight fundraising v
2024
colagem e oleo sobre papel |
190 x 305 cm

cadu

🦚
Pavão misterioso
Pássaro formoso
Tudo é mistério
Nesse teu voar

Ai se eu corresse assim
Tantos céus assim
Muita história
Eu tinha pra contar

ednardo

~ li na entrada da expo.

patos e pavões

 

pequenino ensaio fotográfico. umas duas tomadas. takes dos patos do museu da república no catete.

passei por lá hoje pra tentar ver uma exposição com nome engraçado que vi no instagram por acaso. peacockfight fundraising. traduzindo... arrecadação de fundos para briga de pavões. bizarro o título. artista: cadu. só vou conseguir ver amanhã. hoje estava fechado.

este museu sempre me chamou atenção. é um palácio com um jardim por detrás. tudo super bem cuidado. os patos que o digam. e é uma terapia passear por seus estreitos caminhos. tem até uma gruta no meio deles! já fui com amiga, levei o philippe, e fui sozinha muitas vezes. em uma delas assisti a um concerto de música clássica. tinha um cineminha de arte maneiro; não sei se ainda funciona. acho que não. uma micro livraria com algumas peças artesanais. fechou. e teve restaurante, bistrô. e vi que tem uns festivais que rolam vez por outra. não sei porquê fico com a sensação que antes era mais fácil. não era. tinha mais ternura.

bom, é isto. amanhã tem mais. em vez de patos, pavões. 🦆🦚

laranjeiras

 

fui dar uns bordejos pelo bairro... e fiz descobertas inimagináveis!

🎯 o famoso mercadinho são josé está em obras, fechou há um tempo atrás, fiquei triste ao saber, ia sempre comer uma boa pizza com cerveja. era uma referência. vai ser modernizado tentando manter lembranças do passado e vai virar um centro gastronômico e cultural. doida pra conhecer. mas acho que só vai ser para um futuro próximo.

🧱 passei por uma lojinha de decoração com uma brasilidade instalada por todo o seu espaço. pluri. amor ao entrar. me senti em casa. cada peça mais acolhedora que a outra. bateu uma vontade enorme de levar na mala um pedaço do meu país comigo.

🏠 mais adiante vi um casarão antigo muito bem conservado. um hostel! villa 25. nao sei bem porquê mas adoro esta palavrinha: villa. acredito que por conta do meu projeto na universidade de um hotelzinho em uma casa antiga. no larousse significa casa de lazer, moradia luxuosa, propriedade rural ou rica residência de férias. entrei muito timidamente e me surpreendi com o que vi.

☕ por último mas não menos importante... um café. caruá. com arte junto e misturada. convidativo. despretensioso. cheio de bugigangas. vontade de sentar e me deliciar. planos. bom fazer planos.

virei para a igreja do largo do machado e peguei o caminho de casa. o mundo mudou. talvez ainda exista delicadeza nele. tô tentando encontrar.

baguette com pimenta

 

🌶️
a conserva de pimenta ficou sensacional!! superou expectativas. já tinha feito antes sem que o resultado final ficasse a contento. acho que não cortei as pimentas como indicado. dessa vez deu certo. dizem que pimenta da felicidade. tô de boa!!

🥖
bateu saudade das baguettes. fui comprar na primavera dos pães. os de lá lembram muito os que são feitos na frança. não deu outra. coloquei o pão debaixo do braço no caminho de volta pra casa. esse jeito de ser típico do francês é touchant.

10 de fevereiro: praia

 

🌊 10 de fevereiro: praia

depois de alguns meses fui à praia. wow!! cedinho. tipo 8:30. praia vazia. mormaço. desci na parada do metrô da nossa senhora da paz e segui rumo ao mar. entrei no posto 9. o posto dos doidões. acho um barato a praia ser dividida em tribos. como não estava sol e o mar não tinha piscininha, fui caminhando. no meio tirei uma foto de umas meninas do uruguai. disse que era apaixonada pelo pepe mujica. elas sorriram e agradeceram. arpex. pedi pra uma família cuidar das minhas coisas e... tchibum!! água perfeita. rezei para os deuses por estar aqui (lá). fiquei sonhando com uma foto mergulhando no mar do arpoador. acho que já virou cliché. água de coco pra hidratar. e continuei a caminhada. rumo ao leblon agora. tanta coisa passa pela cabeça. minha vida até os 20 anos foi por ali. depois continuou sendo por conta da praia e das saidinhas maneiras. e, ah!? do oportuno carnaval que está perto de acontecer. lembrei do celeiro que gosto demais, fui com o pai almoçar uma vez e levei o philippe outra vez pra conhecer. sempre que dá passo pra comprar um produto natural. pedi um café e bolo de cenoura famoso pra recarregar. meia volta pra casa. tudo mudou nesses anos todos. mas o que eu sinto ao passar por ipanema e leblon é uma mistura de déjà vu e experiências de vida que me fizeram ser o que sou hoje.

🌅 foto tirada no arpex. pena que não foi de pôr do sol

todo mundo espera alguma coisa de um sábado ao meio-dia

 

🇧🇷 todo mundo espera alguma coisa de um sábado ao meio-dia

caipirinha de limão. depois de um longo tempo na cidade... tive a bela ideia de prepará-lo. comprei cachaça magnífica e fui fazer. a cachaça é uma das minhas preferidas, é de lá de santa teresa, um bairro que adoro andar por ele. tem tudo a ver. a caipi tem a cara do brasil, do rio, de fevereiro. segui a minha receita guardada na memória com afeto. fui conferir no site do panelinha e vi que fiz tudo direitinho. o drink ficou perfeito. tin tin!!

tenho que contar. o melhor da história foi que o vendedor da cachaça me fez degustar um licor de cravo e canela. tinha visto umas cachaças de paraty e contei que ouvi falar em um drinque do jorge amado feito com uma cachaça da gabriela. o licor que provei é dos bons - tapinuã dos reis produzido em bananeiras, silva jardim, interior do rio. ahhh essas brasilidades me encantam!!

receita

ingredientes
🍋 1 limão
🫗 1 dose de cachaça (50 ml)
🍯 1 1/2 colheres (sopa) de açúcar orgânico
🧊 cubos de gelo a gosto

modo de preparo
🔪 lave bem a casca do limão sob água corrente. corte e descarte as pontas do limão. corte o limão ao meio, no sentido do comprimento, e cada metade em 4 gomos. tire a parte branca que fica no centro com cuidado.
🥃 transfira os gomos para um copo baixo, acrescente o açúcar e amasse levemente com um socador para soltar o caldinho do limão. complete o copo com cubos de gelo, adicione a cachaça e mexa com uma colher. sirva a seguir.

conserva de pimentas no azeite de oliva

 

🌶️ hand made. home made. love made.

continuo inventando histórias com azeite. ano passado comprei um potinho de pimentas no celeiro e achei demais. este ano resolvi fazer. encontrei uma receita no cozinha do joão. resultado: daqui a 13 dias.

conserva de pimentas no azeite de oliva

ingredientes
1a etapa
usei pimentas variadas compradas na feira. não tenho certeza dos tipos porque tem umas bem parecidas. coloquei com certeza malagueta, dedo-de-moça e biquinho. deu pra encher meio pote de 250 ml
200ml de pinga da boa! usei salinas

2a etapa
4 dentes de alho descascados
4 ramos de alecrim lavados e secos
2 folhas de louro lavadas, secas e rasgadas
250ml de azeite de oliva

preparo
lave todas as pimentas bem e seque.
tire o cabo delas e corte-as ao meio, deixando os caroços. algumas deixei inteiras.
deixe-as de molho na pinga por 10 dias, sendo que a pinga deve cobri-las por completo. opcional e dá um toque gostoso.
tire as pimentas da pinga, seque-as bem e, em um pote de tamanho adequado coloque as pimentas dentro.
adicione os dentes de alho inteiros e descascados, os ramos de alecrim torcidos e as folhas de louro. cubra tudo com azeite de oliva.
deixe de molho por mais uns 3 dias para pegar o gosto. deguste. se estiver muito picante adicione mais azeite.

... o meu rio de janeiro antes que um aventureiro lance mão*

 

... o meu rio de janeiro
antes que um aventureiro lance mão*

o meu rio
que amo de paixão
que tenho vontade de voltar a viver nele (com o philippe, claro!)
que passei uns 45 anos por aqui
que sinto falta
mas que como tudo no mundo
mudou
ficou mais seco
a atmosfera, as pessoas
estou por aqui desde de meados de novembro de 24
o melhor de tudo é poder descer
de short, top, havaianas e bolsa de saco
e ver o movimento da cidade...
onde tenho a mãe
amigas
uma parte da família
e tantos conhecidos que vou cumprimentando por onde viro
lugares tão lindos
que não saem da retina
amo correr por seus bairros
fazer yoga ao ar livre
beber qualquer coisa
ainda não tomei uma caipirinha
nem escutei um sambinha
planos pro findi
não renuncio, não desisto
de você

* samba de orly do toquinho

🌅 foto do alexandrepointofview

suco de batata doce com limão

 

suco de batata doce com limão 🍠🍋🥥🌿

ontem uma amiga veio me visitar… papo vai, papo vem; a internet sempre acaba fazendo parte das conversas. ela me mostrou um vídeo da claudia raia comentando sobre o suco de batata doce com limão. resolvi fazer por conta do problema digestivo que tenho há alguns anos. recomendo. gostoso. leve. saudável. levo fé nessas ideias naturais curativas.

receita adaptada do estadão

ingredientes
50 g de batata doce
4 folhas de hortelã
Suco de 1 limão
250 ml de água de coco

preparo

descasque e cozinhe a batata na água e sal e deixe esfriar um pouco
coloque todos os ingredientes no liquidificador e bata por 30 segundos aproximadamente.

relato selvagem

 

relato selvagem
todos podemos perder o controle

não iria escrever sobre mas tenho. fui atropelada por uma trotinete correndo na pista do aterro do flamengo por trás. cai. me machuquei toda. poderia ter sido pior. gritei com o rapaz que estava dirigindo a bendita trotinete. vi que deu pra continuar correndo mesmo com sangue no braço e no joelho. mexi o corpo. engoli o choro. respirei. sempre ajuda respirar profundamente nessas horas. uma casal mais velho perguntou se estava bem. estava aos pedaços. terminei a corrida e fui beber uma água de coco como sempre. pedi gelo e passei por onde tinha machucado. 
as pessoas não se respeitam mais. estou com receio de me machucar de novo. bicicletas. motinhos de tudo que é jeito. skates. trotinetes. patinetes. todo mundo passa em alta velocidade. dá medo sim. você não consegue relaxar. 
a prioridade é sempre do pedestre. capítulo IV do código de trânsito, artigos 68, 69, 70 e 71.
estamos vivendo na barbárie, nos perdemos como civilização. lembro do filme relatos selvagens de damián szifron.

Dia de Iemanjá ~ Odoyá

 

Ame as pessoas que te cercam, que te oferecem afetos, carinho, atenção, que se dedicam a te cuidar, ame pelo que elas são, pelo tanto que significam pra você, e pelo tanto que você significa pra elas. Este amanhâ nosso é incerto, os acontecimentos são inesperados, o tempo as vezes é ligeiro e as verdades do nosso coração pedem urgências. Mágoas e ressentimentos são muros fortes que nos separam de pessoas queridas, que nos faz perder oportunidades, que nos aprisionam no orgulho a ponto de nos furtar a liberdade do amor, do respeito e da presença de quem tanto nos admira. Ame, perdoe, quebre os muros, desate os nós e refaça os laços enquanto a vida te proporciona isto, porque das partidas embutidas em um pra sempre, só fica a saudade de quem muito floresceu a vida da gente... não há como voltar o tempo.

✍ Cecilia Sfalsin @guerreirosdeogumpr
📸 Fê Ribeiro ~ professora de yoga ~ do Aterro do Flamengo, baía de Guanabara, Rio
💙 Dia de Iemanjá ~ Odoyá

tu dors? non je t'aime

 

aprendi a amar trucs franceses, trucs neste caso significando coisas. este é de um hotel em santa teresa, mama ruisa, fez parte do meu projeto na faculdade em criar um 'hotel de charme' no bairro. o site era lindo. me encantei por ele um dia. conheci alguns hoteis de lá. por conta disso fiz o projeto. ao fundo um poster de cinema. l'éternel retour. francês, de 1943. sempre imaginei meu 1° ap cheio de posters de filmes. mais saudade ainda. e da falta que o philippe me faz.

tu dors? non je t'aime